Moedas Sociais

As moedas sociais, também designadas de locais, complementares e alternativas, são um fenómeno antigo e com uma significativa proliferação em todo o planeta.

Essas constituem-se como um recurso que apenas tem valor dentro de uma determinada rede, município ou região. A abordagem dominante é a que defende a criação destas moedas enquanto instrumentos de promoção do consumo de proximidade. Trata-se de dinheiro que circula no interior de uma comunidade, entre vizinhos e empresas locais, fidelizando a riqueza a um território e favorecendo relações económicas mais sustentáveis.

A sua finalidade diferencia-se das moedas tradicionais, entre outros aspetos, por visar a circulação e a troca, em vez da acumulação – tendência genética do capitalismo.

Na Europa, estas moedas ganharam um novo vigor e importância depois da crise financeira internacional de 2008, bem como durante a pandemia, momentos em que as comunidades mais sentiram a necessidade de se auto-organizarem para enfrentar a escassez de recursos e as dificuldades de acesso a bens e serviços essenciais.

As modalidades de moeda local são inúmeras, algumas das quais promovidas por governos locais, por exemplo, para: promover o consumo “quilómetro zero”; favorecer a compra de produtos e serviços a empresas locais; apoiar a criação de circuitos curtos de produção e consumo; facilitar o acesso a serviços essenciais; incentivar a reciclagem e a compostagem, entre outras tendências atuais.

Estas moedas implicam, na sua essência, uma dinâmica de participação comunitária, baseada na identidade de um território, no sentido de pertença e na confiança mútua, razão pela qual a Rede de Autarquias Participativas pretende contribuir para a construção de conhecimento e para a produção de competências no tema em apreço, tendo, por isso, delineado uma frente de atuação que engloba o mapeamento deste tipo de iniciativas, a edição de conteúdos sobre boas práticas e a realização de ações de partilha de experiências.

Caso conheça uma experiência de moeda local criada por uma Autarquia e queira contribuir para o Observatório em construção, por favor preencha o formulário disponibilizado em baixo e envie o mesmo para a Secretaria Técnica da Rede, através do email rap@oficina.org.pt.