É amplamente reconhecido que sem dispositivos concretos e intencionais as práticas de participação pública na elaboração das políticas tendem a espelhar as sub-representações existentes numa dada realidade, diminuindo, assim, o seu potencial integrador e inclusivo.

Atenta a esta tendência, a Rede de Autarquias Participativas tem vindo a desenvolver diversas ações neste domínio, com destaque para:

• a realização de uma pesquisa colaborativa, levada a cabo entre setembro de 2020 e janeiro de 2022, com o objetivo de compreender em que medida os processos de participação tendem ou não a assegurar a inclusão de grupos sociais sub-representados. Este trabalho foi efetuado com recurso a duas linhas de estudo: i) uma autoavaliação de cada autarquia, efetuada através da resposta a um inquérito por questionário sobre as práticas e as estratégias adotadas; ii) uma avaliação externa sobre o caráter inclusivo das páginas de Internet dedicadas aos processos de participação;
• a criação de um instrumento de autodiagnóstico sobre o caráter inclusivo de iniciativas promovidas por municípios e freguesia. Este assume-se como um jogo colaborativo, designado “Quem Participa?”, em formato de tabuleiro, a ser utilizado pelas equipas diretamente responsáveis pela condução de processos de participação cívica. Os “jogadores” são convidados a analisar 42 perfis pertencentes a grupos sociais tradicionalmente sub-representados e verificar se as metodologias que adotam são as mais ajustadas para garantir a participação dessas pessoas. “Quem participa?” não se fica pela análise de cada uma das situações identificadas, mas solicita a adoção de medidas para facilitar a inclusão dos indivíduos que não têm condições de acesso ao processo participativo. Pode obter mais informações neste endereço

Se desenvolve ou conhece uma iniciativa de participação de grupos sub-representados, pode contactar a Secretaria Técnica da Rede através do email rap@oficina.org.pt.